Ainda há tempo

Texto de: Martha
Psicóloga e Aprendiz
Do Aprendiz de Professor

Onde você imagina estar ou chegar até o fim deste ano de 2005?

Eu costumo usar a primeira pessoa no singular e no plural para nossos
diálogos.
Onde tratarei tudo como eu e como nós! Pois cabe a mim também, responder a cada questão que fizer!

E então, baseamos nossa vida em projetos e planos, que geralmente
estabelecemos na virada do ano? Se fizemos isto. Damos mesmo tudo de nós para realiza-los, ou permitimos passar mais um ano importante em nossa vida sem chegar a lugar algum?

Aqui posso e vou falar de experiências próprias!

Levei alguns anos para chegar onde imaginava chegar. Para me tornar o que o mundo denomina de “uma vencedora”.

Por uma séria de fatores, eu mesma me punia, ou muito pior do que isso. Me auto depreciava.
Não achava que merecia ocupar um cargo importante numa grande
organização, não me considerava a altura do cargo em disputa. E quando ia para uma entrevista de trabalho, não sabia me “Vender”, colocar o valor
merecido no momento de fazer a oferta.

Assim se passaram alguns anos, que com o tempo isso foi me deixando
infeliz.
Depressiva. Sempre via que os outros ganhavam mais, e eu muitas vezes
achava isso injusto. Só que eu não fazia nada para mudar!

Mesmo nos relacionamentos eu vivia grandes dificuldades, e via nos outros,
exemplos de realização. O exemplo de felicidade era sempre como os outros se mostravam. O sorriso deles era mais alegre que o meu. Pra ser franca com você!
Eu tinha mesmo era medo de “Virar a mesa” e lutar por mim.
Vivi um casamento infeliz por alguns anos, mas não aceitava a idéia de uma separação.

Até que um dia, numa viagem, conheci um rapaz que numa breve conversa me disse:
“Martha, você é a única pessoa no mundo que pode dar um jeito nessa tua
vida!
Não sou eu, nem mais ninguém”.

E continuou: “Nem pense que lá no Juízo final quando você tiver que
acertar as contas, você vai poder culpar alguém por tua desgraça!”

Confesso que aquelas palavras doeram muito e por muito tempo ficaram
marcadas na minha memória.

Até que um dia, eu resolvi parar tudo que estava fazendo. Passei um noite
inteira acordada debruçada sobre algumas folhas de caderno, e fiz um tipo
de balanço da minha vida.
E ali comecei a mudar, de vida, de rumo e tentar ser”ALGUÉM”.

Hoje, tenho consciência de que falta muito chão para percorrer até cruzar
a linha de chegada.
Só que eu sei que estou seguindo pelo caminho que escolhi.
Faço aquilo que gosto, mesmo no campo emocional não tenho medo de buscar a pessoa que pode me dar suporte a felicidade.
Não transfiro mais essa responsabilidade para ninguém.

Se você me perguntar se foi fácil. NÃO.
Eu tive que assumir meus defeitos e trabalhar para corrigir o que era possível. Tive que recomeçar algumas vezes!

Por isso agradeço ao meu amigo “aprendiz de professor”.
Agradeço a você, que acompanhou um pouco da minha jornada até aqui. E
espero ter ajudado você de alguma forma.

Acredito que ainda devo voltar aqui para contar como cheguei aonde
cheguei! E

Juntos vamos comemorar grandes vitórias.

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