Metanóia, uma nova forma de mudar

Um dos autores que sempre gostei de ler, foi Peter Senge. Senge nos informa em um dos seus livros que as organizações precisam entender o contexto da Metanóia. Não é nada simples, tendo em vista que as organizações precisam entender outro conceito, que vem a ser a aprendizagem organizacional.

Enfim, no dia que li esta palavra, fiquei pensando, o que seria Metanóia e como posso aplicar esta palavra no contexto empresarial?. O lugar que achei na web que mais satisfeito fiquei foi a definição que encontrei na Wikipédia.

Conforme autor desconhecido na Wikipédia:

“Metanoia é uma palavra de origem grega (μετάνοια, metanoia) e significa arrependimento, conversão (tanto espiritual, bem como intelectual), mudança de direção e mudança de mente; mudança de atitudes, temperamentos; caráter trabalhado e evoluído.
“a ortodoxia chamou de ‘arrependimento’, mas que no original grego era metanoia, que tinha um significado bem mais amplo, que era o de mudança dos estados mentais que levam à mudança de consciência pela superação dos condicionamentos e da ignorância anterior. Esse conceito é basicamente psicológico e oferece um paralelo com o enfoque da tradição budista de transformação da mente.” (Raul Branco)
A metanoia é uma das disciplinas indicadas por Peter Senge, no âmbito do estudo da aprendizagem organizacional. É um conceito que, na perspectiva das organizações, está intrinsecamente ligado à mudança organizacional, haja vista que, sem a metanoia ser bem sucedida junto dos colaboradores, a mudança organizacional revelar-se-á um fracasso.

Tudo se isto se entende, se tivermos em conta que, para se proceder a uma mudança nas empresas, é necessário que tal mudança seja acompanhada pelos colaboradores; isto é, há necessidade de se conceber “alterações nas mentes dos colaboradores”. Caso contrário, simplesmente por existirem máquinas, ferramentas, softwares, e outros materiais novos, não se produz qualquer efeito inovador.

A metanoia explica que a primeira alteração deve ser nos colaboradores, uma vez que estes entram em todos os processos organizacionais, justificando assim a forte necessidade dos gestores alterarem genuinamente os conceitos laborais até aí interiorizados por estes.

Uma forma de o fazer é através do ‘modelo das três fases’
1º – Descongelamento (consiste na ruptura com as práticas até aí utilizadas)
2º – Mudança (consiste na adopção de novos comportamentos)
3º – Recongelamento(consiste na interiorização dos comportamentos adoptados)”

Ou seja, para termos organizações inovadoras, é preciso antes de mais nada, mudar. Mas para mudar, é necessário que o façamos com Conhecimentos, Habilidades e Atitudes adequadas.